Se eu chorar, não me faça muitas perguntas, não precisa nem secar minhas lágrimas. Só me diz que você continuará comigo pra tudo, que tenho teu colo e teu carinho. E ainda que te doa me ver assim, me envolva nos teus braços e diga que eu posso chorar, e que você não sairá dali enquanto eu não sorrir. Porque é isso que nos importa, não é? O sorriso um do outro. Não é?
Caio Fernando Abreu.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
Dançando
Agridoce
Eu sei que lá no fundo
Há tanta beleza no mundo
Eu só queria enxergar
As tardes de domingo
O dia me sorrindo
Eu só queria enxergar
Qualquer coisa pra domar
O peito em fogo
Algo pra justificar
Uma vida morna
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você
A graça da menina
Eu só queria enxergar
Por isso eu me entrego
À um imediatismo cego
Pronta pro mundo acabar
Você acredita no depois?
Prefiro o agora
Se no fim formos só nós dois
Que seja lá fora
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Por mais que eu aplauda o que convencionamos chamar de “maturidade”, no fundo acredito que somos, todos nós, crianças que cresceram mais em estatura do que emocionalmente, crianças que foram empurradas para o meio do palco e que precisam ter suas falas na ponta da língua, conforme foram ensaiadas desde a primeira infância. Somos homens e mulheres na segunda, terceira, quarta, quinta infância, nos apegando aos nossos parcos conhecimentos e às nossas inúteis experiências para tentar não errar demais. Somos crianças que choram escondidas no banheiro, que tomam atitudes insensatas, que dizem o que não deveriam ter dito e que, nos momentos de desespero, gostariam de chamar um ‘adulto’ para resolver a encrenca em nosso lugar.
(Martha Medeiros)
(Martha Medeiros)
domingo, 4 de dezembro de 2011
Eu era uma boa aluna, mas não a primeira da turma. Evidentemente, podia ser excluída de qualquer atividade esportiva. Não tinha talentos artísticos nem musicais, nem outros de que me gabar. Ninguém nunca recebeu um troféu por ler livros. Depois de dezoito anos de mediocridade, eu estava acostumada a estar na média. Percebi agora que havia muito tempo eu desistira de quaisquer aspirações de brilhar em alguma coisa. Eu simplesmente fazia o melhor que podia com o que tinha, sem jamais me sentir à vontade em meu mundo. Então era muito diferente. Agora eu era surpreendente - para eles e para mim. Era como se tivesse nascido para ser vampira. O pensamento me deu vontade de rir, mas também de cantar. Eu tinha encontrado meu verdadeiro lugar no mundo, o lugar onde me encaixava, o lugar onde brilhava
Amanhecer
Amanhecer
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